terça-feira, 27 de outubro de 2009

Setembro de 2009: Desemprego sobe para 9.5

A taxa de desemprego tendencial foi de 9.5% em Setembro de 2009, mais 0.1 pontos percentuais do que em Agosto de 2009 e mais 1.8 pontos percentuais do que no ano passado.



Em Setembro de 2009, o número de desempregados situava-se tendencialmente em cerca de 531 mil desempregados, o que corresponde sensivelmente a mais 3 mil desempregados que no mês anterior e cerca de mais 100 mil que no ano anterior.



A nível regional, as menores taxas de desemprego tendenciais verificaram-se na região Centro e nos Açores (6.7%), sendo a maior taxa verificada na região do Alentejo (11.2%).

As taxas de desemprego tendenciais mantiveram-se sensivelmente as mesmas nas regiões Norte, Alentejo e Algarve. As regiões de Lisboa e Açores, apresentaram relativamente ao mês anterior descidas na taxa tendencial de desemprego de 0.1 pontos percentuais e a Madeira apresentou uma descida de 0.3 pontos percentuais. A região Centro registou um aumento de 0.1 pontos percentuais face ao mês anterior.

Taxas de desemprego não corrigidas da sazonalidade: 3º trimestre de 2009

As taxas de desemprego regionais publicadas neste blog são, numa primeira fase, corrigidas da sazonalidade aproveitando-se posteriormente a tendência de evolução. Como Setembro encerra o terceiro trimestre, serão apresentadas de seguida as taxas de desemprego não corrigidas, que são as taxas que são comparavéis às que o INE irá publicar a meados de Novembro. É de referir no entanto que os erros de estimativa das taxas não corrigidas deverá ser superior aos erros de estimativa das taxas de desemprego tendencial. Assim, o INE deverá publicar as seguintes taxas não corrigidas para o terceiro trimestre de 2009:
  • Portugal: 9.5% (mais 0.4 que no trimestre anterior);
  • Norte: 10.8% (mais 0.3 que no trimestre anterior);
  • Centro: 6.5% (mais 0.2 que no trimestre anterior);
  • Lisboa: 9.4% (a mesma que no trimestre anterior);
  • Alentejo: 11.1% (menos 0.2 que no trimestre anterior);
  • Algarve: 8.2% (menos 0.8 que no trimestre anterior);
  • Açores: 6.2% (menos 0.8 que no trimestre anterior);
  • Madeira: 7.3% (menos 0.8 que no trimestre anterior);

3 comentários:

  1. Gostaria de saber como se explicam os números "milagrosos" do desemprego das regiões Açores e Centro.

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  2. Paulo,

    Nunca me debrucei muito sobre as explicações dos níveis de desemprego relativamente mais baixos nestas duas regiões. Mas discordo que sejam "miraculosamente" baixos.

    Sei que a taxa de inactividade nos Açores é relativamente maior, principalmente nas mulheres, logo há menos pressão nos mercados de trabalho. Repare que o conceito de desemprego usado pelo INE é em sentido estrito, isto é, não basta não trabalhar apenas, tem de se fazer diligências para encontrar trabalho, estar disponível e à procura de trabalho de forma activa.

    Grandes taxas de inactividade significa que há muita gente que não trabalha mas que não procura activamente trabalho. Neste grupo estão os estudantes (incluindo formações ou estágios proporcionados pelo Governo ou por privados) e reformados que, como é óbvio, não procuram trabalho, mas estão também as domésticas, os desmotivados na procura de trabalho e todas as outras situações em que não se procura de forma activa trabalho.

    Nos Açores, tem-se verificado um decréscimo nas taxas de inactividade principalmente nas mulheres que, consequentemente veio pôr mais pressão no mercado de trabalho açoriano, e que explica em parte o crescimento do desemprego que em poucos anos passou de um nível abaixo de 3% para um nível perto dos 7%. Aparentemente, a velocidade com que mais pessoas procuraram trabalho nos Açores tem sido superior à capacidade do mercado de trabalho em absorvê-las.

    No entanto, continua a ser das regiões, ou talvez mesmo a região com menor taxa de actividade (não tenho agora os números de cor) o que poderá ajudar a explicar a taxa relativamente baixa de desemprego nos Açores.

    Quanto à região Centro, nunca analisei as razões que pudessem explicar as baixas taxas de desemprego.

    Nest blog não me concentro na análise estrutural dos mercados de trabalho regional, mas sim em monitorizar a evolução dos níveis de desemprego a nível regional, estimando os meses intermédios dos diversos trimestres. As taxas trimestrais são as oficiais e são publicadas pelo INE.

    Assim sendo, os valores que avancei para Setembro de 2009 e que estão em linha com as estimativas que fiz para Julho e Agosto, são a primeira indicação das estimativas oficiais que o INE irá publicar no dia 17 de Novembro (salvo erro). Assim que sairem os dados oficiais, farei as respectivas revisões das taxas mensais que avancei para os meses de Julho, Agosto e Setembro. O importante é que as revisões que terei de fazer às taxas mensais com a inclusão das últimas estimativas do INE sejam relativamente baixas.

    A vantagem destas minhas estimativas é que dentro de aproximadamente duas semanas poderei avançar a estimativa de Outubro de 2009, que espero ser próxima da final (que estará apenas disponível a meados de Fevereiro de 2010), o que dá uma visão muito mais atempada do desenvolvimento dos níveis de desemprego para as sete regiões portuguesas.

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  3. Este blog não é actualizado a algum tempo. Quer isso dizer que o desemprego acabou?
    /sarcasmo

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